Viver com Transtorno Borderline: como lidar e ter qualidade de vida
Descobriu que tem Transtorno Borderline? Saiba como é viver com o diagnóstico, lidar com sintomas e encontrar equilíbrio com apoio especializado.
A vida não se divide entre antes e depois de Border
Muitos pacientes me procuram depois de descobrir que o diagnóstico de Transtorno de Personalidade Borderline (TPB) e costumam perguntar: “Sou Border. Como será a minha vida agora?”.
Como se existisse um corte definitivo entre antes e depois. Mas a verdade é que a vida não se divide assim — ela continua, cheia de novas possibilidades e também de desafios.
Não dá para separar o que é “culpa do transtorno” do que não é. A mente é complexa e multifatorial, não uma conta simples de causa e efeito.
O que muda depois do diagnóstico?
Sei que muitas perguntas surgem nesse momento:
- “Será que vou ter sucesso no trabalho?”
- “Vou conseguir ter um relacionamento saudável?”
- “Como será minha relação com a família?”
- “Conseguirei educar bem meus filhos?”
E para todas essas perguntas, a resposta é: depende!
Com ou sem diagnóstico, qualquer pessoa pode ter conquistas ou dificuldades. O que vai realmente fazer diferença são fatores como:
- suas características de personalidade,
- o ambiente em que vive,
- sua rede de apoio,
- seu estilo de vida e de autocuidado.
São esses elementos que ajudam a determinar se você vai prosperar ou adoecer.
Cada pessoa vive o Borderline de um jeito
Outro ponto importante é entender que existe um espectro do Transtorno de Personalidade Borderline.
Os sintomas variam em tipo, intensidade e impacto na vida.
Cada pessoa tem uma combinação única: algumas enfrentam mais impulsividade, outras mais vazio, outras maior instabilidade emocional.
👉 Por isso, viver com Borderline nunca é igual para todos.
Ter um transtorno é como jogar a vida com um desafio extra. Mas cuidado: não se prenda ao diagnóstico a ponto de usá-lo como justificativa para parar de tentar.
Sabe-se de muitas personalidades com o suposto funcionamento border. Desconfia-se de: Marilyn Monroe, Britney Spears, Lady Gaga e Amy Winehouse. Inclusive escrevi um artigo sobre a Amy Winehouse Por Trás da Fama.
O papel da terapia para quem vive com Borderline
Um espaço seguro de autoconhecimento
Dificuldades e desafios fazem parte do caminho, mas a terapia pode ser o espaço onde você se entende melhor.
É ali que você encontra acolhimento para lidar com suas vulnerabilidades, compreender seus padrões e fortalecer relações.
Como a Terapia Cognitivo-Comportamental ajuda
A Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) tem mostrado ótimos resultados no tratamento do Borderline, ajudando a:
- regular emoções intensas,
- reduzir impulsividade,
- enfrentar ansiedade e medo de abandono,
- desenvolver formas mais saudáveis de se relacionar.
- lidar com a sensação de vazio
Conhecimento é poder: confie no seu processo
Todos nós temos fatores de risco e de proteção. A terapia ajuda a reconhecer ambos e a encontrar caminhos para viver com mais equilíbrio.
Lembre-se: autoconhecimento transforma.
Com suporte adequado, é possível viver com Transtorno Borderline de maneira mais consciente, estável e conectada com quem você realmente é.
Leia o próximo artigo: Entendendo o Transtorno Borderline: Um Convite ao Autoconhecimento
Descubra o que é o Transtorno Borderline, seus sintomas, impactos e caminhos para lidar com emoções intensas e construir relacionamentos mais saudáveis.
A Autora: Roberta Sanzi
Sou psicóloga clínica (CRP 07/13531) com experiência no tratamento de pessoas com transtorno de personalidade borderline, transtorno de humor bipolar, ansiedade e transtorno de déficit de atenção e hiperatividade, entre outros. Se você está buscando ajuda para ultrapassar desafios parecidos com os deste artigo, entre em contato comigo pelo WhatsApp!
